O Sol nascera tímido naquela manhã e o vento soprava forte. Cheguei na rodoviária por volta das 7 horas e a aparência do lugar me parecia a mesma de sempre: pessoas andando de um lado para o outro, com medo de perderem seus ônibus, que entravam e saiam das plataformas a cada minuto.
Comprei minha passagem e fui esperar na plataforma onde chegaria o meu ônibus. Já havia lá uma pequena fila com os meus acompanhantes diários de viagem: um homem baixo e de cabelos grisalhos que se deixavam ver por debaixo do chapéu marrom, uma mulher de cabelos cacheados e de expressão firme - olhos afundados e arregalados - um corpo esticado e reto, e uma moça que sempre usava sandálias com salto de 10 cm, que combinavam em cor e tom com a blusa. Senti que atrás de mim mais pessoas se aglomeravam, mas não olhei para trás.
A porta do ônibus foi aberta e o motorista desceu as escadas para receber as passagens. Como fui o 4º a entrar, me sentei no banco da 3ª fileira e fiquei observando todos os que passavam por mim. Eu nunca havia reparado naqueles que viajavam comigo todos os dias.
Assim, perdido em pensamentos, quase perdia também o controle, quando ela entrou. Como era possível não tê-la visto nunca?
Fiquei olhando fixamente em seus olhos. Nossas íris pareciam se comunicar enquanto ela retribuia o mesmo olhar fixo, mas que era sério, sorridente, compreensivo, carente, apaixonado... indescritível.
E ela passou por mim.
Nunca mais a vi depois daquele dia. Pode ser que ela só tenha estado lá por um dia, mas não coloca tanta esperança nessa probabilidade. Com tão perfeito olhar, ela só pode ter vindo de outros mundos me visitar. Ou então, seja simplismente um fruto da minha mais bela imaginação.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Eu gosto de você
Mas eu sei que você não gosta de mim. Por favor, não tente me enganar. Já estou farta de todas as suas brincadeiras.
Por favor, não me deixe. Eu gosto da sua companhia, eu gosto de você. Muitas vezes, só você foi meu apoio, só você soube me fazer sorrir.
Por favor, não se esqueça de mim. Eu sei que muitas vezes erro nas minhas palavras não pensadas. Mas a verdade é que quando você está aqui, meu coração não se controla. Ele bate cada vez mais forte e mais rápido. E eu fico me perguntando se isso é normal.
Será que devo levar tudo isso à frente?
Eu acho, realmente acho, que enquanto você estiver aqui, tudo pode ficar bem. Tudo vai se encaixar.
Por favor, não me deixe. Eu gosto da sua companhia, eu gosto de você. Muitas vezes, só você foi meu apoio, só você soube me fazer sorrir.
Por favor, não se esqueça de mim. Eu sei que muitas vezes erro nas minhas palavras não pensadas. Mas a verdade é que quando você está aqui, meu coração não se controla. Ele bate cada vez mais forte e mais rápido. E eu fico me perguntando se isso é normal.
Será que devo levar tudo isso à frente?
Eu acho, realmente acho, que enquanto você estiver aqui, tudo pode ficar bem. Tudo vai se encaixar.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Páginas
O dia estava ensolarado, porém o Sol não aquecia a superfície terrestre com a mesma intensidade que dos meses anteriores. Ela estava sentada no canto da quadra da escola, toda vestida de preto e com um livro nas mãos. Tremendo, ela lia.
Por mais que fosse uma menina cheia de amigas, naquele dia ninguém a rodeava. Quais teriam sido os motivos para aquela mudança?
Talvez ela não fosse tudo o que as pessoas pensavam dela, ou talvez as pessoas não fossem tudo o que ela pensava delas.
Delicadamente, ela vira mais uma página do livro. Nada mudou. As circunstâncias são as mesmas, as personagens, as palavras, as fantasias... O que mudara afinal?
Alguém apareceu ali. O Sol que a iluminava foi encoberto pelo corpo que estava agora parado ao seu lado. Seu olhar se desviou das palavras e se fixou no rosto novo, nos olhos negros, na expressão alegre e curiosa, na boca que sorria para ela fazendo reverência com um "olá".
Sua resposta foi um sorriso tímido.
- Por que você vira tantas páginas, se a história é sempre a mesma?
Quem era ele? O que queria? Qual o seu objetivo? Há quanto tempo a observava?
- Porque quero descobrir o desfecho.
- E de que adianta um bom desfecho, se o decorrer não fez sentido?
- Se o decorrer não faz sentido, não se entenderá o desfecho, não é?
- Você tem razão... Qual o sentido de se virar tantas páginas da vida, sempre tão confusas? Nunca saberemos se o desfecho vai ser bom ou ruim, independentemente se o decorrer fez ou não sentido. Aqui, ninguém pode nos dizer o que vai ou não acontecer, porque é um livro inédito.
Ela olhou novamente para o livro, refletindo. Quando levantou novamente o olhar, não encontrou mais ali aquele menino. Procurou mais longe. O Sol ainda estava encoberto, e ela olhou para o céu. Uma nuvem passava.
Fechou o livro, se levantou e voltou para a sala de aula.
Por mais que fosse uma menina cheia de amigas, naquele dia ninguém a rodeava. Quais teriam sido os motivos para aquela mudança?
Talvez ela não fosse tudo o que as pessoas pensavam dela, ou talvez as pessoas não fossem tudo o que ela pensava delas.
Delicadamente, ela vira mais uma página do livro. Nada mudou. As circunstâncias são as mesmas, as personagens, as palavras, as fantasias... O que mudara afinal?
Alguém apareceu ali. O Sol que a iluminava foi encoberto pelo corpo que estava agora parado ao seu lado. Seu olhar se desviou das palavras e se fixou no rosto novo, nos olhos negros, na expressão alegre e curiosa, na boca que sorria para ela fazendo reverência com um "olá".
Sua resposta foi um sorriso tímido.
- Por que você vira tantas páginas, se a história é sempre a mesma?
Quem era ele? O que queria? Qual o seu objetivo? Há quanto tempo a observava?
- Porque quero descobrir o desfecho.
- E de que adianta um bom desfecho, se o decorrer não fez sentido?
- Se o decorrer não faz sentido, não se entenderá o desfecho, não é?
- Você tem razão... Qual o sentido de se virar tantas páginas da vida, sempre tão confusas? Nunca saberemos se o desfecho vai ser bom ou ruim, independentemente se o decorrer fez ou não sentido. Aqui, ninguém pode nos dizer o que vai ou não acontecer, porque é um livro inédito.
Ela olhou novamente para o livro, refletindo. Quando levantou novamente o olhar, não encontrou mais ali aquele menino. Procurou mais longe. O Sol ainda estava encoberto, e ela olhou para o céu. Uma nuvem passava.
Fechou o livro, se levantou e voltou para a sala de aula.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Uma pequena homenagem
Eu sei que já se passa da meia noite e já não é mais dia 15 de maio.
Mesmo assim, quero fazer aqui uma pequena homenagem, como já citado acima.
À minha grande amiga aniversariante (em 15/05), Mariana Guerra =)
Porque por mais que muita coisa tenha dado errado, nossa amizade sobreviveu.
Você me ensinou tantas coisas que nem calculo mais...
Vivemos juntas tantos momentos inesquecíveis...!
A aula de geografia já milhares de vezes citada... Aqueles jogos da velha...
A Vaca Voadora, que você tanto chingava na minha agenda. Os infinitos bilhetes sobre todos os assuntos possíveis... As novidades contadas com tanta empolgação! Minha primeira revista Capricho, as saídas de sextas-feiras e as conversas de 13 horas...
Os shows do Teatro Mágico!! *-*
Perseguições pelo seu tio, músicas improvisadas...
Hahahaha, agora que eu me lembrei porque fizemos aquela música...
Eu estava triste naquele dia!
Mesmo sendo muito dificil eu fazer cara feia, sempre quando isso acontecia, era você que colocava o sorriso de volta no meu rosto... =)
A tudo isso, e a tantas outras milhares de coisas mais, eu sou grata.
E você? Você é merecedora.
Merecedora desse seu talento, dessa pessoa que você é, do grande amor que um dia você vai encontrar e de toda a felicidade que você vai desfrutar.
Parabéns, pessoa que eu conheço desde quando estava na barriga da mamãe =)
Você merece.
Mesmo assim, quero fazer aqui uma pequena homenagem, como já citado acima.
À minha grande amiga aniversariante (em 15/05), Mariana Guerra =)
Porque por mais que muita coisa tenha dado errado, nossa amizade sobreviveu.
Você me ensinou tantas coisas que nem calculo mais...
Vivemos juntas tantos momentos inesquecíveis...!
A aula de geografia já milhares de vezes citada... Aqueles jogos da velha...
A Vaca Voadora, que você tanto chingava na minha agenda. Os infinitos bilhetes sobre todos os assuntos possíveis... As novidades contadas com tanta empolgação! Minha primeira revista Capricho, as saídas de sextas-feiras e as conversas de 13 horas...
Os shows do Teatro Mágico!! *-*
Perseguições pelo seu tio, músicas improvisadas...
Hahahaha, agora que eu me lembrei porque fizemos aquela música...
Eu estava triste naquele dia!
Mesmo sendo muito dificil eu fazer cara feia, sempre quando isso acontecia, era você que colocava o sorriso de volta no meu rosto... =)
A tudo isso, e a tantas outras milhares de coisas mais, eu sou grata.
E você? Você é merecedora.
Merecedora desse seu talento, dessa pessoa que você é, do grande amor que um dia você vai encontrar e de toda a felicidade que você vai desfrutar.
Parabéns, pessoa que eu conheço desde quando estava na barriga da mamãe =)
Você merece.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Porquê?
É a pergunta mais freqüente de todos nós não é?
Porque eu não sei isso, porque eu não consigo entender aquilo, porque eu falei uma coisa ao invés de dizer outra, porque eu não aproveitei melhor aquele momento, porque eu não disse logo o que deveria ter dito, porque eu enrolei a mim mesma?
É em busca dessas respostas que vivemos. E penso que seja normal.
Nossas atitudes nem sempre são satisfatórias. Às vezes sim, às vezes não.
Mas não devemos ficar parados, refletindo sobre o que aconteceria se tivéssemos feito diferente.
Agora é hora de ir em frente. De mudar. Giro 180°!
Agora é hora, não de responder, mas sim de procurar as respostas, que estão um passo a frente de onde nos encontramos.
Agora é hora de fazer diferente, de fazer direito, de falar o certo, a verdade. Não, não se engane a si mesmo, muito menos aos outros. Isso é muito difícil.
Dizer a verdade é fácil, simples, correto.
Não quero mais me enganar. Saltei Pi. HAHAHAHAH
Porque eu não sei isso, porque eu não consigo entender aquilo, porque eu falei uma coisa ao invés de dizer outra, porque eu não aproveitei melhor aquele momento, porque eu não disse logo o que deveria ter dito, porque eu enrolei a mim mesma?
É em busca dessas respostas que vivemos. E penso que seja normal.
Nossas atitudes nem sempre são satisfatórias. Às vezes sim, às vezes não.
Mas não devemos ficar parados, refletindo sobre o que aconteceria se tivéssemos feito diferente.
Agora é hora de ir em frente. De mudar. Giro 180°!
Agora é hora, não de responder, mas sim de procurar as respostas, que estão um passo a frente de onde nos encontramos.
Agora é hora de fazer diferente, de fazer direito, de falar o certo, a verdade. Não, não se engane a si mesmo, muito menos aos outros. Isso é muito difícil.
Dizer a verdade é fácil, simples, correto.
Não quero mais me enganar. Saltei Pi. HAHAHAHAH
sábado, 21 de março de 2009
O Tempo passa...
E com ele tanta coisa muda.... As circunstâncias, as pessoas que nos rodeiam, os amigos, os companheiros...
Em 2007, quando eu estava na 8ª série( 9º ano), eu tinha um grupinho de 4 pessoas (me incluindo) e a gente aprontava bastante, mas não o suficiente para atrapalhar as aulas. Fazíamos coisas do tipo passar bilhetes de 3 páginas, coisas assim....
Mas acho que o que mais me fazia rir, além das nossas brincadeiras escritas de "o que te lembra" ou "continue a história com 3 palavras", era a matéria de Redação.
Outro dia, separando papeladas para mandar pra Reciclagem, encontrei algumas folhas.... E é impressionante como simples palavras podem fazer-nos voltar ao passado. Lembrei-me das pessoas, das companhias. Dos 3 que me acompanhavam, só uma permaneceu ao meu lado. Não digo que os outros tenham sido substituidos, não. Pessoas nunca são substituidas. Mas eles optaram por caminhos nos quais eu não quis caminhar. Adianto a todos, sinto muita falta deles. Mas não me arrependo. Se não fosse por eles, não teria as amizades que tenho hoje. As vezes fico pensando nos "se"s da vida, e me imagino como outra pessoa. Mas não valeria a pena ser diferente. Eu gosto de ser assim.
Vamos parar de blábláblá, e vamos ao texto!!
De alguma matéria importante que ela tinha passado na lousa, me saiu isso:
"Reportagem - a teoria está na página 186!
A Reportagem é uma notícia com enrolação. Enforca um assunto ou tato da forma de bolo. O bolo tem muita lingüiça e ao longo da degustação não se fala, porque é feio falar de boca cheia.
Diferentemente da torta, o bolo de lingüiça tem mais gosto de bolo do que de lingüiça. Numa série de receitas, a reportagem apresenta muita enrolação, que é pior do que a minha prova de história.
De fato é planejado, mas você tem que ter noção do tamanho da forma. Depois de ler tanta mer**, você sai cantando e rebola!"
(p.s.: 1- sim, eu estava enchendo lingüiça
2- SIM, minhas provas de história eram pura enrolação - o pior é que eu tirava 10)
"Respostas dos Exercícios:
1- Porque tem fermento, farinha e cobertura
2- Falar sobre os nutrientes do Bolo
3- a) Cozinheira morre ao tentar assar o maior bolo do mundo.
b) A cozinheira J.S., 34, morreu ontem ao tentar bater o recorde do maior bolo do mundo. Sua cabeça e membros ficaram presos na massa e ela morreu assada, final feliz!!!"
Ai gente, que coisa trágica né?
Em 2007, quando eu estava na 8ª série( 9º ano), eu tinha um grupinho de 4 pessoas (me incluindo) e a gente aprontava bastante, mas não o suficiente para atrapalhar as aulas. Fazíamos coisas do tipo passar bilhetes de 3 páginas, coisas assim....
Mas acho que o que mais me fazia rir, além das nossas brincadeiras escritas de "o que te lembra" ou "continue a história com 3 palavras", era a matéria de Redação.
Outro dia, separando papeladas para mandar pra Reciclagem, encontrei algumas folhas.... E é impressionante como simples palavras podem fazer-nos voltar ao passado. Lembrei-me das pessoas, das companhias. Dos 3 que me acompanhavam, só uma permaneceu ao meu lado. Não digo que os outros tenham sido substituidos, não. Pessoas nunca são substituidas. Mas eles optaram por caminhos nos quais eu não quis caminhar. Adianto a todos, sinto muita falta deles. Mas não me arrependo. Se não fosse por eles, não teria as amizades que tenho hoje. As vezes fico pensando nos "se"s da vida, e me imagino como outra pessoa. Mas não valeria a pena ser diferente. Eu gosto de ser assim.
Vamos parar de blábláblá, e vamos ao texto!!
De alguma matéria importante que ela tinha passado na lousa, me saiu isso:
"Reportagem - a teoria está na página 186!
A Reportagem é uma notícia com enrolação. Enforca um assunto ou tato da forma de bolo. O bolo tem muita lingüiça e ao longo da degustação não se fala, porque é feio falar de boca cheia.
Diferentemente da torta, o bolo de lingüiça tem mais gosto de bolo do que de lingüiça. Numa série de receitas, a reportagem apresenta muita enrolação, que é pior do que a minha prova de história.
De fato é planejado, mas você tem que ter noção do tamanho da forma. Depois de ler tanta mer**, você sai cantando e rebola!"
(p.s.: 1- sim, eu estava enchendo lingüiça
2- SIM, minhas provas de história eram pura enrolação - o pior é que eu tirava 10)
"Respostas dos Exercícios:
1- Porque tem fermento, farinha e cobertura
2- Falar sobre os nutrientes do Bolo
3- a) Cozinheira morre ao tentar assar o maior bolo do mundo.
b) A cozinheira J.S., 34, morreu ontem ao tentar bater o recorde do maior bolo do mundo. Sua cabeça e membros ficaram presos na massa e ela morreu assada, final feliz!!!"
Ai gente, que coisa trágica né?
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